Tornando-se você


INTRODUÇÃO

            A leitura do capítulo “Tornando-se você” nos faz pensar na questão de como “nos tornamos nós mesmos”. Muitas vezes, encontramos pessoas que querem fazer de nós o que elas próprias querem que sejamos, mas, de vez em quando, alguém se revolta e diz que quer se tornar “o que realmente é”.
            Mas como nos tornamos o que realmente somos? Será que somos realmente o que somos ou apenas o que dizem que somos?
            Os nossos primeiros mestres, aqueles que nos ensinam as coisas, são os pais e a família. Mas será que eles conseguem nos ensinar “tudo direitinho?” Todos têm seus problemas, suas falhas e fraquezas. Só nos ensinaram o que sabem. Por isso, não podemos mais pesar pelo fato de não terem nos ensinado, ou talvez não terem ensinado direito, pois sempre podemos aprender. Isso faz parte da vida adulta.
Tudo é um processo de modificação/transformação. Neste contexto, os professores devem acreditar na mudança, pois do contrário não estariam ensinando. A educação é um processo constante de modificação. Cada vez que é ensinado algo a alguém, isso é ingerido e alguma coisa acontece. Toda vez que ensinamos ou aprendemos coisas novas, nos tornamos pessoas novas também. E os processos de mudança também ocorrem por conta das inter-relações pessoais. Muitas vezes, acordamos de uma maneira, e com o decorrer do dia podemos nos transformar em outra pessoa. A transformação também pode ocorrer pelos livros que lemos ou pelas músicas que ouvimos, por exemplo. Cada uma das experiências novas vividas nos faz um ser humano diferente.

            Outro ponto do texto diz que para que você seja levado de volta a si mesmo, deve resolver, até certo ponto, quem gostaria de se tornar. Podemos dizer às crianças o que elas são, por exemplo. Assim, podemos fazer com que a criança seja o que nós queremos que ela seja; ela pode pensar ser o que realmente não é. Se repetirmos a uma criança que ela é linda, ela irá se comportar como tal, e terá uma postura mais reta e autoconfiança. Se por outro lado, colocarmos na cabeça da criança que ela é feia, as coisas não serão as mesmas.
            Para o autor do texto, tudo pode se aprender, até mesmo sentimentos como amor, medo, preconceito e ódio. Tudo é aprendido no lar ou na sociedade, sendo que o conceito de quem somos aprendemos principalmente com a família. Dentro de todo esse contexto, o autor enfatiza a “necessidade” que temos de ser perfeitos, de fazer as coisas de maneira perfeita. Ele dá um exemplo com um estudo que está sendo feitos nos Estados Unidos, com crianças que nascem perfeitas e crianças que nascem defeituosas. Os pais sempre esperam que seus filhos nasçam perfeitos, pois isso é o “normal”. Quando nasce uma criança defeituosa, além de demorar mais tempo para ela ser levada até a mãe, é também geradoum desconforto e tristeza em todo o hospital.

Toda essa ideia de perfeição assusta o autor. Por exemplo, nas aulas de Educação Física na escola, todos devem ser perfeitos e bons atletas. Se você não se encaixar nesse padrão, será excluído e maltratado. Se um casal tem um filho que não nasce perfeito, logo começarão as dúvidas: o que fazer com essa situação? Qual será o futuro desse filho? – já que ele não terá a chamada perfeição. Nesse sentido, muitos pais de crianças portadoras de deficiência simplesmente não sabem o que fazer com elas e necessitam procurar ajuda. Mas precisam buscar ajuda nas pessoas certas. Muitos especialistas dizem simplesmente que os pais ‘precisam’ aceitar o filho excepcional. Precisam. Mas os pais podem se perguntar o porquê de terem que simplesmente aceitarem. O ser humano não é um objeto, e deve ser tratado delicadamente.
Dentro deste contexto, não podemos nos esquecer de que o ser humano é capaz de mudar, se sofrer transformações (como já foi dito anteriormente). O autor dá um exemplo que aconteceu com um de seus alunos, que encontrou uma estrela-do-mar velha e seca na praia. O aluno resolveu colocar a estrelinha de volta na água, assim quem sabe ela não voltaria a viver, já que estaria novamente úmida. Quem sabe se conosco não acontecesse a mesma coisa - mesmo se estivermos secos, com um pouco de umidade poderíamos recomeçar.
Cada investimento na vida é um investimento na modificação e toda modificação exige adaptação, o que significa que você vai constantemente enfrentar novos obstáculos. É essa a alegria de viver e de se tornar você. A modificação e o crescimento se dão quando a pessoa se arriscou e ousa fazer experiências com sua própria vida, confinado em si mesma. E para haver as mudanças, as pessoas necessitam de liberdade. A liberdade cria oportunidades para o aprendizado e para a criação. É necessário que haja liberdade para experimentar as coisas, senti-las, pois só assim iremos realmente ter o conhecimento sobre tal coisa.
Na questão da perfeição, segundo o autor, as pessoas precisam ser aceitas exatamente como são. Para isso, o sentimento chamado amor deve contribuir para isso. As pessoas precisam ser amadas exatamente como são. Além disso, precisam de um sentimento de realização, precisam ter o reconhecimento das pessoas – simplesmente por terem feito algo bem feito, sendo que não há necessidade de ter sido algo extremamente grandioso.
Todos têm o seu próprio caminho a percorrer para se tornar si próprio. É necessário que ninguém deixe que alguém imponha esse caminho, pois é a própria pessoa que deve escolher o seu destino, sempre ouvindo seu coração. Cada pessoa deve ser ela mesma, pois é muito difícil ser o que não é. O caminho pode ser longo, e devemos nos lembrar de que nenhuma modificação ocorre sem um trabalho duro e sem que você suje as mãos. Não existem fórmulas para que sejamos nós mesmos, mas temos que ter em mente que somos nós mesmos quem fazemos a nossa vida, e temos que enfrentar por si só todos os nossos erros e deficiências. Se por acaso fracassarmos, não devemos colocar a culpa em ninguém.


MÉTODO

Através da leitura do capítulo “Tornando-se você”, deve-se escolher um trecho do texto que mais lhe chamar a atenção e fazer uma resenha crítica deste trecho.
A resenha crítica será feita a partir da parte do texto que diz que tudo é um processo de modificação/transformação, que enfoca a educação como sendo um processo constante de modificação. Esta modificação pode ocorrer por meio de relações familiares, de relações entre professores e alunos, mas os processos de mudança também ocorrem por conta das inter-relações pessoais.
Portanto, os processos de mudança por conta das inter-relações pessoas será o foco do trabalho.

RESENHA CRÍTICA

O trecho do capítulo “Tornando-se você”, de Leonardo Buscaglia nos faz entender que somos muito mais do que aquilo que somos/pensamos que somos. Não somos pessoas instáveis, mas sim pessoas que buscam coisas novas através dos processos de modificação e transformação. Procuramos aprender com outras pessoas. Aprender desde coisas mais simples, ensinadas por nossos pais e professores, desde um novo idioma ou instrumento musical, por exemplo. Somos fruto do processo de transformação que nos faz tornar “nós mesmos”.

DESENVOLVIMENTO

Sempre que há alguma área da nossa vida que não está indo bem, seja nos relacionamentos, na parte financeira e outras áreas, significa que existe algum conhecimento, ou vários, que ainda não temos e que precisamos aprender para melhorar. Tudo na vida é um processo de aprendizado. Com certeza, os nossos primeiros “professores” são os nossos pais. Quando estamos aptos a frequentar uma escola, ou até mesmo uma creche (quando somos mais novinhos), começamos a desenvolver um aprendizado que vem dos professores.
            Assim, a ideia de que “não nascemos sabendo” é válida, pois tudo pode ser aprendido de acordo com as fases de nossa vida e também de acordo com nossa necessidade.
            Se uma pessoa não tem muitas amizades, por exemplo, ela “pode aprender” a ser mais social, tanto quanto as pessoas mais sociáveis e vir a ter muitos amigos. Se a situação financeira não anda boa, a pessoa pode aprender a sentir, pensar e agir como as pessoas que são bem sucedidas financeiramente pra que possa sair das dificuldades em que se encontra. Quem não sabe dançar pode fazer aula de dança e ficar acima da média. O mesmo vale para quem quer aprender um instrumento musical, ou outro idioma. Também quem não é um bom orador, pode fazer um curso de oratória e melhorar significativamente
CONCLUSÃO

Tudo pode ser aprendido. É claro que há pessoas que são boas em determinadas áreas e possuem um conhecimento acima da média naquele ramo específico. Assim, nem todas as pessoas “poderão aprender” da mesma maneira e/ou se tornar tão boas em determinadas coisas. Mas é possível, sim, aprender a lógica, os pensamentos e comportamentos das pessoas que são habilidosas em certas áreas, para que se possamos nos tornar melhor do que somos hoje.
Assim, tudo em nossa vida corresponde a um processo de modificação/transformação. Vale ressaltar que muitos destes processos dependem de nossa vontade e dedicação. A vontade de que haja modificação nos leva a “nos transformamos em nós mesmos”, de ter nossa identidade.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUSCAGLIA, L. F. Vivendo, Amando e Aprendendo. Nova Era. Cap. 2, p. 54-74, 2001.








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