Educação e Hegemonia: Gramsci

Resenha

Gramsci foi um jornalista ativista político e comunista que viveu na Itália durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial e quando foi preso, começou a escrever no campo educacional um nome de “escola unitária”, isto é, se inspirou nos conceitos de Karl Marx e outros autores libertários que viviam neste contexto histórico.

Em defesa da escola unitária

A preocupação de Gramsci se dá através das atividades intelectuais que os trabalhadores realizavam nas escolas tradicionais.

A perspectiva era quebrar o paradigma dos trabalhadores intelectuais tradicionais que tinham o seu alicerce a pedagogia dos jesuítas, que valorizava a aprendizagem grega e latim, só que Gramsci começa a perceber que somente esta imagem não traria grandes frutos para a educação européia e através do trabalho filosófico e prático, poderia trazer o modelo justo, ou seja, fomentar o trabalho cultural de cada região da Europa com a repetição da prática, para que dê certo as suas experimentações.

A teoria de Gramsci vai de encontro entre a crítica à formação educacional livre, teórica e filosófica a ala abstrata que formam trabalhadores subalternos, ou seja, para Gramsci, todos têm o seu papel intelectual, mesmo aquele que esteja fazendo algum trabalho braçal, ele teve que utilizar o trabalho intelectual para executar aquela função.

A escola na época de Gramsci estava assando por uma crise jamais vista devido à estagnação do outro modelo que ficou marcado pela preocupação com os alunos e o outro lado da moeda se preocupava com o profissionalismo da educação.

A escola tipo profissional estava ganhando o campo da educação por formarem especialistas, portanto, o aumento das desigualdades sociais em relação ao tipo de ensino que fica a mercê das disciplinas tecnicistas e esquecerem as tradicionais, isto começou a aumentar na 2ª Guerra Mundial.

Assim, Gramsci aponta a direção das suas idéias em relação à educação, valoriza a escola humanista tradicional e o ensino profissionalizante, para a unificação de ambas.

Processos educativos e hegemonia política

A contribuição dos processos educativos e a hegemonia política, o Gramsci diz que é uma categoria central, onde o Estado tem o papel importantíssimo: garantir a supremacia das classes através da força e assim manter a conceito de “sociedade civil”.

A sociedade civil coloca a opinião hegemônica como forma de exercer a desigualdade entre a educação familiar (privada) e o Estado (público), onde a subalternidade que existe na sociedade civil, o governo tem duas idéias: a população como produção da classe dominante e o Estado como algo “mecânico”, isto é, obedecer a hierarquias, submissão para poder executar as idéias, mas sem esquecer que é ativo no conceito de construção da sociedade.

Ideologia e educação

A educação européia passou por duas correntes antagônicas que traz grandes problemas? Intelectuais tradicionais e intelectuais tecnicistas.

Estas duas correntes filosóficas estão aprimorando o conceito de escola unitária não é somente ter a função de ensinar as principais ideias das disciplinas tradicionais, mas tem que se preocupar com o profissional poder ter o ensino mais completo, sendo crítico pedagogicamente e politicamente.

A grande preocupação de Gramsci em relação à educação é que ela seja levada a todos e principalmente atendam a realidade na qual ela esteja inserida e não só ficar na teoria, distanciando da população.

Infelizmente, Gramsci começa a perceber o aumento do ensino tecnicista e esquecendo a formação educacional mais tradicional, assim o aumento da desigualdade social e a subalternização dos trabalhadores que somente se preocupam com a questão tecnicista e isso vai abrindo um abismo entre a educação tradicional e a tecnicista.

Portanto, as ações destinadas à educação igualitária a todos tem que ser atendidas a todos tem conceitos marxistas poderão ser aplicados a ter a escola unitária como espelho para a sociedade civil.

Visão do leitor

Antonio Gramsci é um idealista comunista político que é até nos tempos atuais reconhecidos por suas obras acadêmicas em relação à sociedade contemporânea e suas mazelas e os suas ideias que ele propunha é pela educação.

O texto Educação e Hegemonia da mesma autoria retratam a grande preocupação de Gramsci: a desigualdade da educação.

Diante das características da educação européia, Gramsci trouxe várias idéias para mostrar que a educação tradicional e a tecnicista estavam se afastando e piorando as relações pós-guerra que começou a acontecer no continente, ou seja, a mudança educacional européia foi necessária para as relações pedagógicas e políticas do continente.

O principal conceito de escola unitária de Gramsci vem equalizar as escolas tradicionais e tecnicistas, sem esquecer a preocupação com a população que estava sendo esquecida e criticada por estarem estagnadas nos ensinamentos jesuítas, isto é, a igreja católica apostólica romana sempre ensinou nas escolas não só a tradição da igreja, mas limitou somente passar grego e latim e isso prejudicou e muito a população européia na época.

Portanto, devido à necessidade de intelectualizar o ensino tradicional, a sociedade judaico-cristã sempre julgou que o trabalho braçal não “pensava”, isto é, não necessitava da intelectualidade e por isso que a educação européia “parou no tempo” e isso trouxe alguns problemas que Gramsci começa a apontar e a solução que ele traz é a escola unitária, mostrar que tanto o trabalhador braçal quanto o educacional exercem a intelectualidade e Gramsci aponta a todo instante no seu texto.