QUAL É A RELAÇÃO DA HIPÓTESE DE SAPIR-WHORF E O SÍMBOLO?



Quando pensamos que a linguagem traz consigo marcas que ficam para sempre no sentimento do homem, isto é, é através da linguagem é que transmitimos o que está sendo “sufocado” e irritante devido às problemáticas que acercam entre linguagem, pensamento e simbolismo.
Os autores Sapir-Whorf argumenta que os povos indígenas do continente americano são atemporais ao olhar dos europeus (judaico-cristã), que julga o outro através das diferenças nas quais qualquer tribo ou etnia seja radicalmente diferente diante do pensamento segundo o clichê europeu “atrasado” em relação ao mundo civilizado, capitalista e de moralismo cristão.


Salientando a ideia dos autores Sapir-Whorf – a linguagem determina o pensamento –, podemos interpretar que os povos aborígenes, indígenas e pigmeus estão “estagnados” em relação à falta de linguagem escrita para poder entender e reproduzir os pensamentos destes povos. Destaco o que ocorre no continente africano, que é pouco ou não é citada neste texto, a fala é mais importante do que a escrita, isto é, os anciãos africanos reproduzem o seu conhecimento e a comunicação para os mais novos através de símbolos da natureza (árvore “baobá”, girafas, leões, palancas negras, entre outros símbolos) e símbolos e gestos que são reproduzidos somente pelo olhar firme e simples e, portanto, o pensamento fica em segundo plano.
                                                         

Também podemos destacar Rosch que inverte a ideologia de Sapir-Whorf, que – o pensamento determina a linguagem –, levando a interpretar que o homem pensa para depois reproduzir a sua linguagem. Já o símbolo entra no contexto da linguagem como algo “perfeito”, ou seja, o pensamento é o cerne do homem que o transforma em símbolos cognitivos.
A essência ocidental (eurocêntrica) em relação à estrutura linguagem-símbolo-pensamento sempre coloca com ideias deterministas, isto é, o que importa é o que a cultura ocidental impõe para que as outras culturas se “igualem” e se reestrutura para acompanhar a evolução da linguagem, assim desconsidera a cultura (ética e moral) das etnias que são esquecidas, somente serve para estudo antropológico e psicológico – são meramente experimentos e não fazem parte da estrutura principal de sociedade, como a cultura judaico-cristã.
O atemporalismo que é citado no texto fala dos verbos que as tribos indígenas e africanas não utilizam como afirma Sapir-Whorf, porém se ficarmos imaginando que essa atemporalidade vem da ideia ocidental esqueceu que estas tribos trabalham a sua linguagem de forma forte e diferente, como ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, enfim se compreendermos estes termos e interpretá-los de forma coerente e conciso, conseguirem não só ler, entender e aprender outras formas de linguagem e de simbolismos que os indígenas e africanos nos ensinam cotidianamente.



Portanto, o pensamento Sapir-Whorf diante deste discussão, mostra que a linguagem e o simbolismo na visão europeia “travam” as ideias diante de outras linguagens e símbolos que decorre no estudo da psicologia da linguagem e do simbolismo, onde o homem é o centro principal desta ideia.

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