A dura noite de uma mente ansiosa
Certo dia, como outro qualquer, este que estava a se encerrar com o passar da noite, começavam a brotar questionamentos e dúvidas, e com isso, sentia o coração pesado, a respiração acelerada, mil pensamentos na cabeça e uma lista imensa de perguntas começavam a surgir:
Será que cumpri todas as minhas obrigações? Por quê estou nervosa? Eu deveria me certificar de que tudo ficou exatamente como eu gostaria que ficasse. Estou cansada, mas deveria ter forças para ir verificar, só queria descansar minha cabeça e não me preocupar tanto.
E quanto mais me questionava, mais eu despertava. Quando percebo, estou eu andando pela casa, olhando as coisas que só deveria fazer em uns quinze dias ou mais. O tempo passa muito rápido e já se foi a metade da noite, mais uma noite de sono comprometida por conta desse impulso que parece me controlar obsessivamente. Começo a lembrar das coisas que poderia ter feito e não fiz até agora, então percebo que a escuridão estava se tornando mais clara, mais nítida, e já estava quase amanhecendo e até aquele momento ainda não tinha conseguido dormir. Então, surge na mente a sensação de culpa e fracasso por não conseguir conduzir minha vida como as outras pessoas. Me questiono:
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Por que ainda não consegui dormi? A maioria das pessoas normais estão dormindo a essa hora? Será que as pessoas são assim como eu ou tenho algum problema? Por que não paro de comer e engordar? Por que não levanto cedo e vou para a academia malhar junto com as minhas amigas? Porque eu acordo sempre cansada? porque me sinto fraca e sem energia? Por que todos se divertem com tão pouco e eu não? Será que aquela criança alegre e sorridente que fui um dia, teria orgulho da pessoa que eu me tornei? Por que não consigo parar de pensar? Preciso dormir, pois logo tenho que acordar.
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Prezados leitores, esta foi uma pequena viagem dentro da cabeça de uma pessoa ansiosa. Advirto vocês sobre esse problema que é comum em nossa sociedade moderna. Vivemos em um mundo competitivo que nos pressiona de diversas maneiras. Quantas pessoas conhecemos que já acordaram desse jeito? Quem nunca teve uma noite mal dormida devido a inúmeros questionamentos e dúvidas de sua própria capacidade? E medos de como será o futuro, ou dúvidas e o próprio medo de viver? Esse, sem dúvidas, é o pior. São pensamentos destrutivos que precisam ser analisados em suas origens e serem tratados, curados. Devemos ter um ponto de lucidez, um equilíbrio e este tem que ser inabalável. Somos a sociedade mais confusa da história. Tornamo-nos robôs. Uma peça de xadrez de um sistema que quer sugar tudo o que possuímos, ou seja, somos os peões. Que não nos deixemos virar fruto dessa sociedade insensível. Que mantenhamos nossos próprios ritmos. Ansiedade, todos os seres humanos têm, mas depois de certo limite, há de se averiguar sua causa e tratá-lo. Pensar demais pode levar à insanidade e perda de controle, e este à síndrome do pânico, a ataques violentos e até mesmo ao suicídio. Que consigamos sair deste modo de vida. É tremer, perder o controle e se questionar se ainda somos sãos. Se ainda comandamos nossas escolhas. Um problema que se tornou muito grave nos dias atuais.
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