JOGO “BALEIA AZUL” : UMA ARMADILHA QUE ATRAI JOVENS EM BUSCA DE "DESAFIOS"

                                                                                

   Dentre os últimos acontecimentos destacados nas mídias de um modo geral, muito se tem falado sobre o jogo da "baleia azul”, o qual apresenta 50 desafios, cujo único propósito é acabar com a vida do jogador. Não se trata de um jogo novo, visto que o primeiro caso ocorreu na Rússia, mais precisamente no ano de 2015 quando um jovem de quinze anos pulou de um edifício. No Brasil, entretanto, este jogo passou a ser tema de debate nas últimas semanas devido a casos suspeitos de suicídio de jovens.

  De acordo com o Jornal O Globo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio divulgou que está fazendo um rastreamento das redes sociais para reunir informações sobre o jogo, que por sinal já fez algumas vítimas no Brasil, incluindo uma adolescente de quinze anos em Cuiabá. A polícia está investigando novos suicídios ocorridos nos últimos dias e suas relações com o jogo da baleia azul.

 O Jornal o Globo enfatizou o posicionamento da delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio, a qual afirmou que o referido órgão está traçando o perfil dos participantes da 'Baleia Azul'. Segundo a delegada supracitada, os convidados a entrar no jogo são adolescentes que têm, em média, de 12 a 14 anos, e com tendência à depressão. 


   Como se pode observar, estes adolescentes com tendências à depressão estão mais vulneráveis a cair neste tipo de jogo, isto porque a própria depressão contribui para o desenvolvimento das tendências suicidas, assim, para estes jovens que estão enfrentando problemas emocionais, o jogo pode ser um atrativo pelo fato de oferecer uma espécie de “apoio” em forma de desafios, os quais são controlados por “curadores”, ou seja, pessoas que dão ordens e exigem que os participantes não deixem de cumprir nenhuma das etapas do jogo. Ao entrarem nos jogos, os adolescentes são levados a pensar que se desistirem, terão alguma penalidade, como por exemplo, as mortes dos entes queridos, assim, acabam cumprindo todas as etapas, incluindo a mutilação das partes do corpo e a realização de tarefas fatais, como por exemplo, pular de um prédio para pôr fim a própria vida.

  Tendo ou não depressão, os adolescentes sentem-se motivados a entrar no jogo pela própria curiosidade, sabendo-se que o próprio ato de ser desafiado a cumprir alguma tarefa é um atrativo para esta fase de “descobertas” de si mesmos. Muitos querem aliviar as cargas emocionais em coisas, que muitas vezes nós, adultos, não são assimilamos como sendo algo saudável, mas para eles que estão em uma fase de novas adaptações, surgem como meios de fugir da realidade, assim, eles passam a encarar os riscos com maior naturalidade. 

   Enquanto profissionais da área da Psicologia temos a obrigação de alertar aos pais acerca de como dialogar com seus filhos e como colocar limites em seu envolvimento com as redes sociais e com a Internet de um modo geral. Por fim, resta torcer para que as forças policiais, em parceria com os profissionais da computação, consigam controlar todo tipo de estratégia que tenha sido desenvolvida no intuito de trazer prejuízos às famílias e à sociedade como um todo.


Fonte disponível em: http://m.oglobo.globo.com/sociedade/o-que-se-sabe-ate-agora-sobre-jogo-da-baleia-azul-21236180





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